O amor é essencial tanto ao cuidado quanto à sobrevivência das espécies. No Zoológico de Brasília, a equipe de cuidadores, médicos veterinários, biólogos e zootecnistas trabalha duro para arrumar o encontro de alguns casais. Mas, nem sempre é algo fácil, pois exige conhecimento sobre o comportamento dos animais e a cooperação entre várias instituições.
Uma das espécies que o Zoológico de Brasília atuou como “cupido” foi a onça-pintada. Esse grande felino está ameaçado pela caça e destruição do habitat devido ao avanço das cidades, fazendas e desmatamento, e somente continuará existindo se mais casais encontrarem a alma gêmea. É por isso que o Zoológico enviou uma das onças-pintadas do plantel, a Gabriela, para conhecer o Ogum, que vive no Criadouro Conservacionista NEX, em Goiás. Os dois estão se dando super bem e estamos com grandes esperanças que esses namorados formem uma família em breve.
Nesse 12 de junho, que sejamos capazes de aprender com esse casal a usar o amor para garantir um mundo e futuro melhor a todas as espécies.
O amor também é essencial de outras formas para a biodiversidade, principalmente àquelas espécies que muitas pessoas têm medo, como as serpentes. Algumas espécies, como a menor jararaca do mundo, a cotiarinha, estão ameaçadas pelo mesmo motivo da onça-pintada, a destruição do habitat. Esses répteis necessitam do amor tanto entre eles quanto de toda a sociedade para continuarem existindo.
Também em busca da conservação da espécie, o Zoológico de Brasília é o único zoo do mundo que trabalha e reproduz a cotiarinha. Além do mais, a equipe do parque usa toda a sua dedicação para espalhar o amor pelas serpentes entre os visitantes. Elas são responsáveis por fornecer vários compostos para medicamentos que melhoram a saúde das pessoas e só pedem que retribuamos com um pouco de amor elas e seus habitats. Será que não podemos fazer isso?
Além do papel em atuar na conservação e preservação, o Zoológico de Brasília participa de programas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas. A prioridade é atender às recomendações feitas por especialistas, chamados Studbook Keepers. São esses profissionais que organizam a população de espécies ameaçadas no Brasil e no mundo e, de acordo com dados genéticos importantes, afirmam qual indivíduo pode reproduzir e com quem. Isso acontece para garantir que a população mantida sob cuidados humanos seja saudável geneticamente e que contribua, no futuro, para o reforço das populações em vida livre.
Em pleno dia dos namorados, o Zoológico de Brasília recebeu a recomendação para formar o mais novo casalzinho do plantel! O macho do Zoo será aproximado com a fêmea para atender a recomendação feita pela Studbook Keeper da espécie mico-leão-da-cara-dourada. Essa espécie é uma das 25 do acordo de cooperação feito entre o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB).
A ave ararajuba também é uma espécie característica do Brasil, mas que está sob grandes ameaças de extinção. Essa espécie, de cores verde e amarela, é encontrada somente no Brasil e estima-se que, hoje, menos de 3 mil ararajubas habitem a Amazônia brasileira. A tendência é que esses números continuem a diminuir.
Mais de 40% do habitat natural dessas aves já foi derrubado pelo tráfico e desmatamento. Para que o Zoológico de Brasília continue com a sua missão de conservação e preservação das espécies e o casal reproduza, o recinto fica isolado, ou seja, fora da área de visitação, e é feita a ambientação dentro do recinto para ficar o mais semelhante possível do habitat natural. Atualmente, o Zoológico de Brasília participa de um programa de conservação que reúne mais de dez instituições no Brasil que trabalham na reprodução das ararajubas.
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