Mutum-Alagoas (Pauxi-mitu)
Características: A espécie foi descrita pela primeira vez no século XVII pelo naturalista alemão George Marcgraf e redescoberta em 1951 pelo ornitólogo Olivério Pinto. O mutum-do-nordeste possui aproximadamente de 83 a 90 cm de comprimento, pesa entre 2,75 e 3,0 quilogramas e apresenta uma plumagem uniformemente negra com reflexos azulados. As penas da região ventral e da parte inferior da cauda são marrons. As penas da cauda são também negras, com o seu ápice branco-sujo ou amarronzado e o bico é bicolor, vermelho na base e tornando-se róseo-esbranquiçado em direção à ponta.
Alimentação: Se alimenta de frutos, caídos no solo, sob as fruteiras.
Hábitos: O mutum é uma ave terrícola, originária da Mata Atlântica brasileira densa, mais especificamente da região nordeste. Por dispersar sementes, assume um papel fundamental na regeneração das florestas onde vive e age como um “guardião ambiental”.
Distribuição Geográfica: Sua distribuição original não é muito clara. O mutum-de-Alagoas foi extinto da região de Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco, conhecida como Centro de Endemismo Pernambuco (CEP), onde era a maior ave terrestre. Originalmente estava presente na Mata Atlântica de Pernambuco e de Alagoas (tabuleiro do Nordeste) até 300 metros de altitude. A espécie foi relatada por Marcgraff no século XVII e redescoberta em 1951 pelo ornitólogo Olivério M. O. Pinto em São Miguel dos Campos, estado de Alagoas. Os últimos registros em campo datam de 1978, 1984 e 1987. A destruição do seu habitat para o plantio de cana-de-açúcar e a caça (muito arraigada na cultura nordestina) determinaram sua extinção.
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