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31/07/19 às 10h57 - Atualizado em 31/07/19 às 10h57

No inverno, animais do Zoo recebem cobertores e alimentação especial

Alan Rios/Correio Braziliense

Puxa coberta para cá, puxa coberta para lá. Essa parece a descrição da noite de um brasiliense que tenta escapar do frio neste inverno, mas é a rotina do filhote de tamanduá cuidado no Zoológico de Brasília. Com um mês de vida, ele tem até seu aquecedor para dormir tranquilamente. E não é o único com cuidados especiais. Aves, como corujas e papagaios, ganharam reformas nas gaiolas para que o vento frio não entre. Macacos dormem em camas feitas de feno para um sono quentinho. Até a dieta dos animais mudou para se adequar aos dias frios.

“No Zoológico, o cuidado começa antes do inverno. Temos uma programação que vai desde a aquisição de cobertores, passando pela poda, para que o sol consiga entrar mais, até a alimentação, preparada de forma diferenciada, e o feno, separado. Então, quando o frio chega, os animais já estão preparados para enfrentar esses dias sem sofrimento”, comenta Ana Raquel Gomes, superintendente de Conservação e Pesquisa do zoo.

 

Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

No período, cada bicho recebe um cuidado especial, que varia de acordo com a espécie. Alguns não sofrem tanto com as baixas temperaturas. Outros, principalmente os que são tipicamente de regiões mais quentes, precisam de atenção especial.

A forma mais comum de proteger os animais do frio é preparando uma toca com feno. “Esse material não retém tanto a umidade do ambiente, permanece em seu estado natural e, com isso, esquenta os animais. Acaba simulando a mata, onde eles pegam uma junta de folhas para dormir na noite, por exemplo”, explica Ana Raquel.

 

Os cuidadores só enfrentam um problema ao preparar o lar dos primatas: “Quando colocamos o feno, muitas vezes, os bichos acham que aquilo é uma brincadeira e jogam para cima, derrubam na água… fazem a festa”, ri a superintendente.

 

Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

Cuidados

Cobertores e fenos são ideais para alguns animais, mas não servem para outros, como as aves. Nesse caso, os cuidadores precisam ter outro tipo de atenção. O tratador do Zoológico Rodrigo Guimarães explica que muitos pássaros não têm o hábito de entrar em um ninho para dormir, e acabam passando a noite no próprio recinto. “Então, temos que preparar o local para que não entre tanto vento, que é o que castiga mais as aves e pode prejudicar a saúde do animal. Onde ficam as corujas, por exemplo, colocamos bambus que cortam o vento e acabam protegendo do sol, pois elas são de hábitos noturnos. As pessoas reclamam, falam que assim não dá para ver os animais, mas temos que dar as melhores condições a eles”, detalha.

 

Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

Os que mais precisam de atenção nesta época são os répteis, porque a temperatura corporal deles varia de acordo com a do ambiente. Para que não fiquem doentes, a cozinha do Zoológico trabalha desde antes do inverno, como conta Lucas Andrade, diretor de Nutrição e Alimentação Animal. “Quando começamos a perceber que há uma diminuição mais significativa da temperatura, alteramos a alimentação dos animais. No frio, o bicho gasta mais energia para manter a temperatura do corpo, então, precisamos fornecer mais energia.”

Além de preparar comidas com mais ingredientes úmidos nos dias de seca, Lucas explica que altera proporções dos alimentos. “Dependendo da espécie, nós mudamos a forma e a quantidade de gerar mais dessa energia. Os nossos grandes felinos só precisam de uma quantidade maior de comida. Nosso tigre, por exemplo, comia 2,7kg de carne e de frango antes, então, passa a comer 3,1kg. Para outras espécies, como araras, colocamos mais um item na dieta, é o girassol ou o óleo de coco, que têm a mesma função e aumentam a energia deles para o inverno”, conclui.

 

Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

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