Faleceu no dia 30 de setembro Gilberto Rollemberg Figueiredo, aos 102 anos, um dos primeiros funcionários da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, cuja trajetória cruzou os momentos iniciais de construção e consolidação da instituição.

Gilberto integrou uma das primeiras turmas de funcionários, em 1957, quando o Zoo dava seus primeiros passos. Ele participou ativamente da montagem dos primeiros recintos para animais como a elefanta-asiática Nely, assim como das primeiras mudas plantadas no parque. Com as mãos calejadas do trabalho duro, ele se orgulhava dos recintos feitos “era tudo de madeira naquela época, improvisado. Mas fazíamos bem feito”.

Além de sua função técnica, Gilberto morou no Zoo com seus filhos, vivenciando o que era o dia a dia de um dos pioneiros. Em entrevista ao Zoológico de Brasília em 2023, Gilberto revelou que guardava um quadro com uma pintura do recinto da anta que ele mesmo construiu.

“Sei que está tudo muito diferente. Mudado. As coisas evoluem muito e se modernizam. Com certeza está muito diferente de tudo que fizemos lá nos primeiros anos”, relatou.

Gilberto ganhou o quadro de uma artista e deixava pendurado na parede de casa, em Taguatinga

Luto

A partida dele representa não só o fim de uma vida dedicada ao trabalho, mas também de uma geração que ajudou a erguer Brasília e suas instituições desde o começo. A consciência de que boa parte do que hoje se vê no Zoológico, deve muito ao esforço inicial desses trabalhadores pioneiros.

À família, amigos e todos que tiveram contato com Gilberto, vai o profundo pesar e o reconhecimento: sua dedicação permanece como legado, entre as árvores, os recintos e aqueles que cuidam hoje do Zoo. Que sua história inspire respeito pelo passado, admiração pelo presente e compromisso com o futuro.