Governo do Distrito Federal
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25/05/18 às 17h37 - Atualizado em 16/05/19 às 15h28

Zoo de Brasília orienta público sobre ações de prevenção de carrapatos

Praças com mesas e cadeiras estão disponíveis para o público

O mês de maio marca o início do período seco no Distrito Federal, caracterizado pela baixa umidade do ar e pelo clima desértico (frio no início da manhã, calor durante o dia e frio à noite), com a estiagem de chuvas e o começo do inverno no Cerrado. As características da estação seca são ideais para o ciclo reprodutivo dos carrapatos em toda a região do Cerrado e, em função disso, ocorre o aumento do número de ocorrências em animais e até em humanos, principalmente próximo aos locais de área de vegetação NATURAL preservada.

 

Para minimizar o impacto dos carrapatos nesta época do ano, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) está participando do processo de licitação da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) para contratação de dedetização no Zoo. A ação está prevista para o mês de junho. O Zoo também autuou um processo de Dispensa de Licitação para realizar o serviço. Além disso, o corte da grama é realizado frequentemente com objetivo de conter a população do aracnídeo e a instituição recomenda que o público use as estruturas como as calçadas, que passam por todos os recintos dos animais, e as cadeiras e mesas durante os passeios para evitar o contato com insetos e parasitas como o carrapato.

 

Zoo recomenda que visitantes usem calçadas durante o passeio

De acordo com a Superintendente de Conservação e Pesquisa, Ana Raquel Gomes Faria, há uma preocupação também com os animais mantidos sob os cuidados do Zoológico. Medicações orais e tópicas são utilizadas nesta época do ano para evitar a infestação de carrapatos nos animais e, sempre que o tratador identifica a ocorrência no recinto, a equipe de veterinários inicia prontamente o tratamento de suporte.

 

Além dos 139,7 hectares da área de visitação, o Zoológico de Brasília possui uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) conhecido como Santuário da Vida Silvestre, somando 440 hectares. Portanto, é comum a circulação por todo o parque de animais que habitam o local preservado, como as capivaras que são um dos principais alvos do carrapato, o que aumenta a disseminação do aracnídeo. Os visitantes podem se prevenir usando as calçadas do Zoo, preferindo o uso das estruturas com mesas e cadeiras ao invés de realizar os lanches no gramado, e com o uso de repelentes. A instituição recomenda, por meio de faixas de alerta instaladas no parque, que o público não interaja com a fauna nativa.

 

Calçadas passam por todos os recintos dos animais

O processo licitatório autuado pela Fundação para adquirir novas estruturas de mesas e cadeiras aumentará o conforto dos visitantes. Está prevista a compra de equipamentos para construção de novas praças e calçadas para o público. Outra iniciativa do Zoo é o controle biológico que é feito por meio do manejo de galinhas da angola, as quais são consumidoras de insetos, carrapatos, escorpiões, lagartas, formigas e cupins.

 

Ciclo de vida do carrapato

 

A vida deste aracnídeo passa por duas fases: no corpo do hospedeiro (animal ou ser humano) e no meio ambiente, onde a fêmea de carrapato ingurgitada (cheia de ovos) procura um lugar protegido do sol e, de dois a três dias, começa a postura que pode chegar a 3 mil ovos.

 

Em aproximadamente quatro semanas, dependendo da temperatura e da umidade, eclode uma larva de cada ovo, chamado de micuim. As larvas ficam dois ou três dias onde nasceram e depois sobem no primeiro talo de planta que encontram, permanecendo juntas à espera da passagem do hospedeiro para subir e começar a fase de crescimento e reprodução.

 

“É nesta fase de vida, após a eclosão dos ovos, que devemos tomar mais cuidado e evitar os ambientes com vegetação”, disse o biólogo e diretor do Setor de Artrópodes do Zoológico, Alberto Brito.

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